terça-feira, 31 de outubro de 2017

Ser Mãe de uma Princesa...

Olá a todos, mais uma longa ausência mas novamente por um bom motivo. 
A Maria fez anos no dia 27 e todos os tempos livres foram dedicados a preparar a festa de aniversário da princesa, sim uma verdadeira princesa, pois a minha filha é daquelas meninas que adora tudo o que sejam princesas e quando for grande diz ela, quer ser rainha como a Elsa, e eu como mãe babada que sou, faço tudo o que está a meu alcance para ela ser uma verdadeira princesa. Afinal se ela não acreditar em contos de fadas agora quando vai acreditar?!? Daqui a pouco já lhe passou a ideia do mundo da fantasia, porque isto passa a correr e quando dou por mim nem acredito que ela já fez 5 anos!!!

No Aniversário dela teve direito a tudo aquilo que me pediu, o tema para não variar muito foi Frozen Fever lol e mais uma vez lá foi vestida a rigor para a sua festa. Quero desde já agradecer a todos que foram ao aniversário, pois sem vocês não seria possível ter a festa que a princesa pediu! Foram 2 semanas de algum trabalho, mas o resultado final foi maravilhoso. Ainda me doí as costas de carregar as coisas e limpar tudo, mas vale tudo a pena pela a alegria que se proporciona a uma criança.

Não sei se as mães de outras meninas também vivem assim tão intensamente ser mãe de uma princesa, até porque há meninas que não são nada dadas a princesas e companhia, mas a mim calhou uma destas lol e a verdade é que adoro, pois é delicioso acompanhar todas as etapas de fantasia e afins que surgem.
Além disso, para mim ser mãe de uma princesa é ir as compras e dar por mim parada na secção de brinquedos, é entrar numa Zara, H&M ou Modalfa e ir directamente a secção criança quando apenas ia só comprar umas meias para mim, é ir trocar alguma roupa que lhe ofereceram e sair de lá com mais roupa e sapatos, é ir apenas comprar umas meias pretas para o Halloween e sair de lá com 3 pares! São tantas coisas que mudam, mas não troco por nada este mundo cor de rosa que vivo!

Bom Halloween, Bom Feriado!
Um beijinho,
Raquel F.

P.S - Super Mães de princesas um conselho, não se ponham este feriado nas compras porque correm o risco de ficar sem ordenado já no início do mês, pois as colecções da lojas estão de perder a cabeça!!!

Festa da Princesa Maria

Happy Halloween





segunda-feira, 9 de outubro de 2017

Recordações de um parto...

Não sei se é porque a Maria está quase a fazer 5 anos ou porque não acredite mesmo que já passaram 5 anos mas a nostalgia do meu parto veio me a cabeça e decidi partilhar com vocês o dia de nascimento da princesa.

O meu parto foi induzido, tinha 39 semanas e 5 dias quando a minha médica iria estar de serviço no Hospital e decidimos que não íamos esperar mais. Cheguei pelas 9h e às 9h30 já tinha feito toda a medicação para a indução, fomos para uma sala de parto onde fiquei ligada ao ctg e afins e às 11h30 já não podia com as dores das contracções, eram de 5 em 5 minutos e eram horríveis! Perto das 13h rebentaram as águas e eu achei que agora é que era, estava pronta para ter a minha filha, mas não...tinha apenas 2 dedos de dilatação, logo não podia levar epidural e tinha de continuar a sofrer com dores! Já estava a ficar desesperada porque agora as contracções eram de 2 em 2 minutos e foi assim durante mais 3 horas. Pelas 16h30 a médica disse-me que a Maria estava a descer os batimentos cardíacos, eu continuava com 2 dedos de dilação, por isso teríamos de ir para cesariana, comecei de imediato a chorar, depois de tanto esforço a controlar as contracções não ia conseguir ter a minha filha de parto normal, além disso nunca tinha estado num bloco operatório e ir sozinha sem o meu marido ter a minha filha foi algo assustador, mas lá fui (que remédio) e às 17h25 tinha a Maria nos meus braços, foi tudo muito rápido desde da anestesia até tirarem a Maria da minha barriga. Por muito que eu quisesse ter um parto normal, a minha filha nunca iria nascer dessa maneira, pois além de não fazer dilatação, a princesa vinha com três colares e uma pulseira como disse a médica ou seja, cordão umbilical enrolado três vezes no pescoço e uma no pulso e já estava a começar a ficar aflita, por isso a diminuição dos batimentos cardíacos. Talvez por isso ainda hoje em dia a minha filha continue a pensar que é uma verdadeira princesa (maldito Frozen lol).

O pós cesariana foi doloroso, nas primeiras 24h não me consegui mexer, mas depois disso posso dizer que a recuperação até não foi tão má com esperava. Ainda hoje agradeço a minha médica obstetra e a toda a equipa de enfermagem o carinho que tiveram comigo e estou a falar dum hospital público onde as coisas estão cada vez piores a nível de cortes, mas aquela equipa foi realmente fantástica. 

Quando estamos grávidas não conseguimos controlar nada, podemos quer muito ter um parto normal e depois isso não acontecer ou então queremos ter tudo controlado, marcamos o dia da cesariana e depois arrependermos-nos porque o pós operatório foi horrível, por exemplo! 
Além disso não ter um filho por parto normal não faz de nós ser menos mães, sim porque eu cheguei a ouvir que quando se têm um filho por cesariana não sentimos o que é ser mãe, não sentimos o que é dar a luz, oh pá que grande parvoíce, cada criança nasce como tem nascer, a minha nasceu de cesariana pelos motivos que foram, também sei que uma cesariana é sempre uma operação e o risco para a mãe/bebé é muito maior que um parto normal, mas foi o que tinha de ser! Talvez um dia se tiver outro filho possa ter a experiência de dar a luz!

Agora tenho de ir começar os preparativos do aniversário da princesa, este ano quer só mais uma vez o tema Frozen na festa, têm a noção de quanto adoro a Elsa, certo?!!!!

Let it go...

Princesa Maria quando nasceu :)
Rainha Elsa quando fez 4 anos lol

Um beijinho,
Raquel F.

segunda-feira, 2 de outubro de 2017

Macau e a cultura deles (em relação aos filhos)

Olá a todos, desculpem a minha ausência mas foi por um bom sinal...já estou finalmente de volta às aulas, comecei a trabalhar a semana passada e por isso comecei a odisseia dos planeamentos escolares. Não estou no meu grupo de recrutamento mas dar aulas de Educação Física seja no Ensino secundário ou no 1ºciclo é sempre um grande desafio ano após ano.

Hoje vou falar mais um pouco da minha viagem a Macau, mais propriamente da cultura deles em relação aos filhos. Em Macau a licença de maternidade da Mãe é cerca de um mês, a do Pai, 2 dias lol sei isto porque quando lá estive, conheci um casal português com quem o meu marido trabalha e acompanhei de perto a odisseia deles serem pais em Macau.
Já aqui disse que a minha filha foi para o infantário aos 22 meses, para mim acho uma crueldade terem de ir aos 5/6 meses quando os avós não conseguem ficar com eles, então se tivesse que deixar a minha filha com um mês de idade dava-me uma coisinha má! 
Mas aí é que muda tudo, em Macau, eles não vão para o infantário, ficam com uma ama, que normalmente é também a empregada interna. Eles tem agências de recrutamento de amas/empregadas internas e o nosso bebé fica com ela quase até aos 3 anos. Podemos colocar a criança mais cedo na escola, mas normalmente é com essa idade que iniciam o período escolar. Depois disso a ama/empregada interna, continua a ser uma "educadora", pois as crianças saem cedo da escola e é muito comum ver durante o dia as amas a passearem com eles, a irem a piscina, as compras, ao parque, etc. 

Em Macau, as coisas são todas muito perto umas das outras, demoramos 10 minutos a chegar ao trabalho, normalmente não há muito trânsito, existe uma boa rede de transportes e isso também facilita um pouco a Mãe, pois a qualquer momento podemos ir a casa ver o nosso bebé. Além de que se o bebé ficar doente, não precisamos faltar ao trabalho para ficar com ele em casa (não que eu me sinta confortável com isso, pois prefiro mil vezes ficar com a minha filha doente em casa), mas em algumas situações sabemos que aquelas simples viroses de 3 dias vão passar e não temos onde deixar os nossos filhos e consequentemente temos de faltar ao trabalho, não deixando ninguém bem disposto.

Durante os 15 dias que passei em Macau, cruzei-me com imensas amas/empregadas internas e só tenho a dizer bem delas, aquilo que vi era um trabalho feito com amor e carinho pelas crianças, além disso são muito simpáticas e muito prestáveis. Acho que é quase como deixássemos o nosso bebé com uma Avó, uma segunda Mãe, e acho isso fantástico, apesar de que não sei se conseguia deixar um filho meu tão pequenino em casa para ir trabalhar, acho que seria uma questão de me habituar a ideia. 

Para concluir, continuo a não concordar com as nossas licenças de maternidade, assim como não acho a melhor coisa do mundo esta cultura de Macau em relação as crianças. Também sei que existem empregadas internas e amas em Portugal a funcionar da mesma maneira, mas também sabemos que perdemos quase uma hora para ir a casa durante o almoço se quisermos ir ver o nosso bebé, pelo menos nas grandes cidades.
Continuo a defender que nós mães devíamos ficar com os nossos filhos em casa e sermos remuneradas na mesma, pois não existe melhor coisa do mundo do que ver o nosso filho crescer dia após dia sem o stress diário do trabalho. 

Um Beijinho,
Raquel F.
Eu e a Maria em Macau (Ruínas de São Paulo)